quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Peru...

"O peru não é somente o local perfeito para se perder; é também o local perfeito para se encontrar. No Peru você não aprende só a conhecer: as suas selvas, as suas praias e montanhas, a sua gente, a sua cultura... aprende também a conhecer-se a si mesmo. E essa é uma aprendizagem que você nunca vai querer esquecer."


El Callejero

O periódico argentino "El Callejero", traz a seguinte notícia nesta data: 28/11/2012:


Você já ouviu a frase? Você se aproxima com seu veículo para o fornecedor de combustível e houve: "gasóleo não temos. Chega na terça-feira "ou" não não há também gasolina super. Nós não sabemos quando o caminhão chega. " Isso acontece com mais e mais freqüência. Melhores estações de serviço, aumento da frota de abastecimento,etc,, mas ... menos combustível.
A este respeito, o Sr. Fernando Mansilla - gerente da estação de serviço da Cooperativa YPF "Progresso" - considera adequado para transmitir aos leitores os seguintes esclarecimentos:
"Dadas as preocupações dos nossos produtores e parceiros, assim como usuários em geral que nos fazem passar suas queixas (por vezes de modo violento) devido à falta de combustível, saibam que estamos vendendo de acordo com quotas estabelecidas pelo Oilfield promotores. Sabemos o transtorno que isso tem causado nos últimos tempos. O que tem faltado é o diesel e a gasolina premium. Mas queremos reiterar que estamos vendendo atualmente os mesmos litros alocados para nós, e que são os mesmos  em 2008, quando ele ainda não tinha aberto as novas instalações. Naquele tempo tínhamos menos saída e com menos demanda. Hoje temos uma instalação com três ilhas, com pessoal suficiente para atendê-los e encontramos quota reduzida "
Da mesma forma, a partir do El Progreso Cooperativa quer transmitir as nossas desculpas aos usuários, deixando claro para que saibam que não há visão de molhoria,  mais uma implementação de quotas, de modo que a curto prazo não prevê qualquer alteração a esse respeito "
Fonte: Coop imprensa. O Progresso
Estão vendo?!?!?!

Bom pessoal, notícia "quente" que tentei traduzir o mais próximo do "real" e podemos perceber que a curto prazo o problema não tem soluções. 
É por a barba de molho, nos preparar para as surpresas e levar uma "reserva".

Um abraço.
Geraldinho.

No hay nafta!...


Pessoal, vamos ficar atentos para essa realidade na Argentina, especialmente na região Norte, onde vamos viajar.

Expressão comum nas bombas de combustíveis em Estaciones de servícios (Postos de Combustíveis) no norte da Argentina:

No hay nafta!... ---> Não há gasolina!...

Postado por Ronai Rocha em 23/04/2012

Quem viaja pelo norte, nordeste e noroeste da Argentina conhece bem a cena que a foto mostra: filas para abastecimento de gasolina. Na viagem que fiz em janeiro deste ano a falta de gasolina foi uma constante, desde Santo Tomé, na fronteira com São Borja, até Jujuy, no NOA e descendo, para Chilecito e depois para dentro, na região de Catamarca. Em uma das cidades que fiquei hospedado uma noite, não havia uma gota de gasolina à venda nos postos. E, contrastando com isso, qualquer viajante via os caminhões de transporte da YPF estacionados na beira das estradas, dando a impressão de que faziam tempo, que apenas esperavam. Eu não consegui nenhuma explicação para isso, além daquela óbvia: não havia gasolina para ser distribuída aos postos. O problema se arrasta faz já alguns anos e traz problemas sérios para os turistas que secam um tanque ao dia, atravessando essas regiões, pois nunca se sabe se haverá gasolina na cidade em que se chega. Por esse tipo de fato é que desconfio que há mais do que patriotada no gesto da dona Cristina. Houve um tempo em que a Argentina orgulhava-se de ser autosuficiente em gasolina, enquanto o Brasil importava quase tudo o que consumia. Hoje falta gasolina para eles, e o problema parece se agravar no verão, em algumas regiões. Sei não, parece que por trás de uma aparente decisão nacionalista há coisas bem mais prosaicas e práticas. Por exemplo, pura e simples falta de gasolina, já faz algum tempo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Hipotermia!...


Extremamente importante, mesmo já abordado neste blog, resolvi fazer um resumo do que é básico e todos nós, especialmente quem anda de moto, precisa saber sob os riscos e os cuidados.


HIPOTERMIA

A hipotermia ocorre quando a temperatura corporal do organismo cai abaixo do normal (35°C), de modo não intencional, sendo seu metabolismo prejudicado. Se a temperatura ficar abaixo de 32°C, a condição pode ficar crítica ou até fatal. Temperaturas quase sempre fatais, são aquelas abaixo de 27°C. No entanto, há relatos de sobreviventes com temperaturas inferiores à 14°C.

TIPOS:

A hipotermia pode ser classificada em três tipos:

·         A aguda é a mais perigosa, onde há uma brusca queda da temperatura corporal (em segundos ou minutos), por exemplo quando a pessoa cai em um lago com gelo.
·         A subaguda já acontece em escala de horas, comumente por permanecer em ambientes frios por longos períodos de tempo.
·         A crônica é comumente causada por uma enfermidade.

Os sintomas dos três tipos de Hipotermia:

  • Leve (35 a 33°C); sensação de frio, tremores, letargia motora, espasmos musculares. A pele fica fria, as extremidades do corpo apresentam tonalidade cinzenta ou levemente arroxeada (cianótica). A pessoa tem confusão mental.
  • Moderada (33 a 30°C); Os tremores começam a desaparecer, a pessoa tende a ficar muito sonolenta, prostrada, quase inconsciente, rigidez muscular, alterações na memória e na fala, entre outros.
  • Grave (menos de 30°C); A pessoa fica imóvel e inconsciente, as pupilas se dilatam e a freqüência cardíaca diminui, se tornando quase imperceptível. Se o paciente não for devidamente tratado, a morte é inevitável.
ETAPAS:

  • Primeira etapa.
    • A temperatura corporal cai de 1 a 2 graus Celsius abaixo da temperatura normal. A pessoa tem arrepios, a respiração se torna rápida, as mãos ficam adormecidas com dificuldade de utilizá-las para efetuar tarefas.
  • Segunda etapa.
    • A temperatura corporal cai de 2 a 4 graus Celsius abaixo da temperatura normal. Os arrepios são mais intensos, os movimentos são lentos. As extremidades ficam azuladas, há um pouco de confusão. Apesar disto a vítima está consciente.
  • Terceira etapa.
    • Em geral os arrepios cessam, surgem sinais de amnésia, impossibilidade de usar as mãos, diminuição do pulso e respiração. Diminuição da atividade celular. Falha dos órgãos vitais. Morte clínica;
PRIMEIROS SOCORROS:

  • Esta enfermidade, não possui tratamento específico, devendo-se aumentar a temperatura corporal da vítima.
  • De início, não massageie ou esfregue a vítima, não deixe a pessoa em pé e nem dê álcool, pois estas ações desviarão a circulação (que já está comprometida) dos órgãos internos, podendo agravar a situação.
  • Chamar socorro especializado, aquecer as axilas e pernas (pode ser com garrafas com água morna envolvidas em meias), monitorar as funções vitais da vítima e estar preparado para ressuscitação cardiopulmonar e remover a roupa molhada se tiver outra para colocar no lugar.
  • Se a hipotermia for perceptivelmente severa e a pessoa se demonstrar incoerente ou inconsciente, o reaquecimento deve ser feito sob circunstâncias estritamente controladas em um hospital.
  • Leigos devem apenas remover a vítima do ambiente gelado, dar bebida quente (não muito quente porque poderia ocasionar choque térmico) e encaminhar a pessoa para o cuidado médico o mais rápido possível.
  • Na hipotermia o reaquecimento rápido pode causar arritmia cardíaca.
PREVENÇÃO:
Para evitar a hipotermia alguns cuidados devem ser mantidos, como:
  • Ao se expor em ambientes frios, utilize vestimentas adequadas. Proteger a cabeça é fundamental, uma vez que até 20% do calor corporal é perdido através dela.
  • Caso estiver molhado devido a chuvas ou outras situações, troque de roupas imediatamente, uma vez que a roupa molhada diminui sua capacidade de manter a temperatura interna.
  • Realizar movimentos corporais, exercícios, para ajudar o sangue circular corretamente, diminuindo sua contração.

O PERIGO DA HIPOTERMIA EM UMA VIAGEM DE MOTO

Relato de José Maurício

Para quem não sabe, a hipotermia é a redução da temperatura do nosso corpo. Em casos graves, a redução da temperatura do coração pode fazer esse órgão parar. Ou seja, hipotermia pode matar.

O pior disso é que você não sente nada, pois quando seu corpo entra em hipotermia o organismo tenta proteger a vida e passa a manter quentes somente os órgãos vitais e sua sensação externa de frio acaba.

Passei por isso e sirvo para ilustrar como acontece. Foi na mesma viagem relatada no “Ainda bem que eu estava sozinho” (veja aqui). Depois daquele banho de óleo, ainda rodei sob bastante chuva naquelas retas intermináveis da Argentina.

A temperatura era de 15 graus positivos e avistava o céu azul no horizonte. Estava louco para sair debaixo daquela chuva que me acompanhava por mais de 2.000 km. Mesmo com toda a roupa que estava usando e a roupa de chuva por cima, estava um pouco molhado. Tudo meio úmido por baixo.

Quando finalmente atingi aquele céu azul e sai da chuva, a temperatura caiu para dois graus positivos! Era uma frente fria. Mantendo aquele ritmo constante naquela reta que não acabava nunca, comecei a sentir frio, que piorou a ponto de eu quase não suportar.

Porém, à medida que eu avançava o frio que eu estava sentindo foi diminuindo e passei a me sentir razoavelmente confortável. Até estranhei isso e conferi várias vezes a temperatura no equipamento que levava preso ao guidão da moto. Ela se mantinha rigorosamente em dois graus positivos.

Continuei rodando por cerca de uma hora, quando alcancei um caminhão carregado de lã. Dei uma olhada adiante e avistei um carro muito longe, vindo em sentido contrário. Calculei que dava tempo para ultrapassar. Saí para a esquerda tranqüilamente, mas vi que o carro começou a piscar o farol desesperadamente e se aproximava muito rápido!

Putz, não daria tempo para a ultrapassagem. Ele vinha a uns 200 km/h. Reação imediata: dar uma tocada no freio e voltar para trás do caminhão! Só pensei isso. A mão não se mexeu. Por sorte as BMW com motor boxer têm muito freio motor e somente a desaceleração foi suficiente para diminuir a velocidade e me por novamente para trás do caminhão.

Foi só o que consegui, voltar o acelerador. E o carro passou a milhão do meu lado. Era um esportivo vermelho a toda! Não consegui ver, mas parecia um carro japonês. Depois da manobra, fiquei pensando nessas reações falhas: Avaliei mal a ultrapassagem e minha mão não se mexeu. Tentei minhas pernas e estavam lentas também... “Cara, isso é hipotermia! Tenho que parar urgentemente”, pensei.

Ainda bem que logo adiante havia um “parador”, posto com loja de conveniência. Entrei no posto e parei em frente à loja. Por sorte, baixei o cavalete lateral e apoiei a moto. Quando tentei descer a perna não funcionou e eu caí no chão. Apareceram várias pessoas correndo e perguntado: “Que te pasa? Que te pasa?”. Respondi que era o frio...

Eles me levantaram e me ajudaram a ir para dentro da loja, onde havia calefação. Tirei toda aquela roupa úmida e fiquei só com a calça e a camiseta. As meninas da loja me fizeram vários chocolates quentes e fui bebendo.

Demorei quase uma hora para começar a sentir frio novamente, quando meus dentes começaram a bater incontrolavelmente, fazendo até barulho. Morri de vergonha, pois todo mundo ficava me olhando tremendo como um louco.

Depois de três horas, me recuperei e segui viagem até um hotel na primeira cidade, a 14 km do posto. Nunca mais caio nessa armadilha. Paradas freqüentes para avaliar tudo são indispensáveis!

O “motonauta” José Mauricio participou do Moto Repórter, canal de jornalismo participativo do MOTO.com.br. Para mandar sua notícia, clique aqui.

Sensação Térmica - Tabela Geral
A tabela a seguir mostra qual a sensação térmica de acordo com as condições do vento e da temperatura registrada pelos termômetros meteorológicos. Por exemplo: com ventos de 2 m/seg (ou 7km/h, ou 4 nós) e temperatura, marcada pelo termômetro, -6ºC, a sensação térmica (a temperatura que "nosso corpo sente") é de -7ºC.

VENTO
m/seg
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
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20
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29
30
km/hora
7
11
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18
22
25
29
32
36
40
43
47
50
54
58
61
65
68
72
76
79
83
86
90
94
97
101
104
108
nós
4
6
8
10
12
14
16
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31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
51
53
55
57
59
Temp
(ºC)
TEMPERATURA CORRESPONDENTE
-6
-7
-11
-14
-16
-18
-20
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-30
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-30
-30
-30
-30
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-18
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-23
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-19
-19
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-15
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-16
-16
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-17
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